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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Nova Fic - Pedra Grega

Pessoal, aqui vai a fic que eu estava escrevendo. Só uma coisa, eu vou estar viajando nas duas próximas semanas e só vou postar o capítulo 2 em fevereiro, ok? Espero que gostem.

Fic – Atenção: Fiz esta história como se o livro 4 ainda não tivesse acontecido!
Capítulo 1 – Besteiras no Treinamento
Olá, meu nome é Charlotte e eu tenho 12 anos. Minha vida é um pouco complicada... Entenda, sou uma meio-sangue e meio-sangues nunca vivem tranquilamente. Sou filha de Afrodite, a deusa do amor e da beleza. Porém, acho que puxei bastante o meu pai. Apesar de bastante vaidosa, tenho um espírito mais guerreiro como ele. Mas a maior confusão é que meu pai – Charles – é filho de Hermes, ou seja, semi-deus também. Para falar a verdade, nem sei como os dois se conheceram. Talvez tenha sido em uma das visitas de Afrodite ao Acampamento ou vice-versa. Mas o que importa mesmo é que eu moro no Acampamento Meio-Sangue. Meu pai vive em Jacksonville, na Flórida, e raramente eu o visito.
 Papai é casado com uma ‘garota’, praticamente. Isso porque ele tem 38 anos e ela, 25. Eles têm um filho, Nicolas, ou Nick, meu meio-irmão. Minha madrasta se chama Lizzie, e talvez seja ela o principal motivo de eu não ficar com meu pai. Totalmente irresponsável e fútil... Quer saber? Não sei como papai a agüenta. A mulher é um terror! E aliás, implica sempre comigo.
 Mas, voltando à história, lá estava eu, sentada no bosque e respirando com bastante dificuldade. Estávamos no meio de um exercício de caça aos monstros (soltos ali por Quíron). Meu parceiro era Percy Jackson. Tudo bem que ele era 2 anos mais velho e já tinha saído em 3 missões, mas como era meu 2° ano e eu ainda não tinha muitos conhecimentos, acharam interessante a experiência de colocar-nos juntos. Nada contra, ele era mesmo um gato.
- Você está bem? – perguntou Percy.
 - Estou... Eu acho – respondi.
 Quer dizer, eu tinha sido atingida na barriga por uma cobre gigante da Grécia. Ela acabou fugindo, mas a dor ficou. E como. Só que eu não podia me dar ao luxo de descansar, pois acabaríamos perdendo para os outros grupos. E o prêmio não era de se recusar: um baú com armas e alguns dracmas, escondido por ai. O que fazia daquele treinamento uma espécie da caça ao tesouro.
 Apoiei uma mão no chão e com a outra segurei a de Percy. Com dificuldade, parei em pé. Puxei meus cabelos ruivos, compridos e lisos para trás. Calculei que devia estar com uma aparência terrível. Falei a ele:
- Estou ótima! Podemos continuar.
- Tem certeza de que não quer descansar mais um pouco? Posso esperar, ou se você desistir, continuo sozinho.
- É claro que não! – respondi, pegando minha espada. Ela era de bronze celestial, 50 centímetros. Mamãe havia me dado e eu a chamava de Vaincre, vencer em francês.
 Andamos mais um pouco, adentrando bastante a floresta. Não queria admitir, porém estava doendo muito. O prêmio valia a pena, era só nisso que eu pensava. De repente, um barulho nos assustou.
- O que foi isso? – perguntei.
 Percy balançou a cabeça, deixando claro que ele também não sabia. Dava para escutar o som dos gravetos sendo quebrados por, provavelmente, algo grande. Foi ai que eu a vi. Era uma aranha. Agora não me culpe se eu quase morri de medo, pois não era uma aranha qualquer. Era uma super-aranha, enorme, maior do que eu e bem mais larga também. Em seu “pescoço” estava pendurada uma pequena chave dourada, que tilintava conforme ela avançava. Imediatamente parei de me mover. Percy olhou para mim, tentando combinar um ataque.
- Tudo bem – sibilei -, eu vou por trás e dou uma pancada e você vai pela frente e bate na cabeça.
 Olhei novamente para o monstro. Os oito olhos leitosos nos encaravam com ameaça. Das quelíceras pingava veneno, o qual eu não estava muito afim de experimentar. Pareciam horas, mas aquela aranha surgira na nossa frente há menos de 1 minuto.
 Percy avançou e bateu com força o escudo no monstro e, em seguida, arrancou-lhe um pedaço da cabeça.  Não adiantou muito, o bicho continuava vivo, consciente e furioso. Nesse momento eu fui por trás. Arrependi-me de não ter pego um escudo com Quíron quando pude. Tentei sem sucesso arrancar uma das patas dela. Ao contrário, caí no chão e a aranha virou-se para mim. Meu colega tentava distraí-la enquanto eu rastejava para perto de uma árvore. Minhas costas e mãos estavam esfoladas e meu jeans sem um pedaço.
 A aranha continuava indo na minha direção e eu brandi as espadas em suas patas. Tirei metade de uma e o monstro cambaleou. Levantei e fui para o lado de Percy. Atacamos juntos e arrancamos mais 3 pernas. O bicho caiu no chão, mas ainda estava vivo. Devíamos tomar cuidado, porém eu fui para a frente e arranquei o restante de suas patas asquerosas. A aranha ainda sangrava e soltava veneno. Aquilo era muito nojento.
- Wow! – comemorou Percy, batendo na minha mão.
  Sorri enquanto o via avançar para pegar a chave. Ele pôs o escudo na frente, já estava abaixado e com a mão na corrente quando a aranha tirou a cara do escudo e deu um jeito de picar meu colega. Ele gritou de dor, mas de alguma forma enfiou a própria espada na cabeça do monstro, que foi empurrado para trás. Eu demorei um pouco para absorver a cena, porém ali estava Percy, inconsciente jogado no chão e, a poucos metros, o que restara da aranha com Anaklusmos enterrada em sua cabeça.
 Eu queria gritar, sair correndo dali. Todavia isso atrairia duplas de curiosos, e agora que tínhamos a chave (que aliás eu nem sabia de onde era, mas isso na vem ao caso), eu não deixaria qualquer outro roubar nossa chance de ganhar. Ajoelhei-me do lado dele.
- Percy! Percy, você ‘tá bem?
 É claro que, desmaiado, ele não respondeu. Com raiva, bati o pé no chão (sim, isso é idiota). Ajeitei meus cabelos e tirei a poeira da roupa. Vi que iria sobrar para mim. Fazendo bastante força, levantei Percy, coloquei meu braço na cintura dele e o dele no meu ombro. Certo, ficaria bem mais fácil se ele estivesse andando, mas eu consegui arrastá-lo até o lago, no meio da floresta.  Sentei na borda e lavei meu rosto. Por fim, enchi minhas mãos de água a joguei na cara de meu parceiro. Lavei sua face e cabelo e apoiei sua cabeça em meu colo. Só restava esperar que ele melhorasse com a água, sendo filho de Poseidon. E foi isso mesmo que aconteceu.
- Charlotte! – ele exclamou, levantando-se apressado do meu colo. – O que aconteceu?
- Oras, eu te trouxe aqui depois que você desmaiou. Quer saber? Nem faz muito tempo, a água ajudou bastante.
- Tá, obrigado.
- Ook.
 E continuamos andando em silêncio.

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